Muritiba

No ano de 1559, exploradores e jesuítas da Companhia de Jesus chegaram às regiões de Cachoeira e São Félix. Ao subirem a serra às margens do Rio Paraguaçu, estes fundaram um templo e um convento, os quais dariam origem a Muritiba posteriormente.

Muritiba teve grande destaque econômico na produção do fumo, que sustentou as balanças comerciais da Bahia entre o Segundo Império Brasileiro (1840-1889) e na primeira metade do século XX.

A cidade foi elevada à categoria de vila em 8 de agosto de 1919, mediante a Lei 1.349 proferida pelo então Governador da Bahia, Antonio Muniz Sodré de Aragão. Três anos depois, em 3 de agosto de 1922, no mandato do Governador José Joaquim Seabra, Muritiba se tornou uma cidade. Seus primeiros moradores tiveram participação ativa nas lutas pela independência da Bahia, com destaque para o Major José Antônio da Silva Castro, avô do poeta Castro Alves, que comandava 700 homens no Batalhão dos Periquitos, entre eles uma mulher, Maria Quitéria, heroína da independência.

Muritiba é conhecida por suas manifestações culturais e eventos festivos, tais como o grupo de capoeira “Raça”, os grupos folclóricos “Filhos do Paraguai” e “Segura-Véia”, que se apresentam em diversas regiões do recôncavo, além do grupo “Os Cães”, tradicional durante a festa do Senhor do Bonfim. A cidade também conta com duas filarmônicas: a Sociedade Filarmônica Cinco de Março, fundada em 5 de março de 1897, e a Lira Popular Muritibana, fundada em 7 de maio de 1899.