Também conhecido como Novo Banco de Desenvolvimento (NDB).
em Xangai, China, é um marco histórico. Durante a cerimônia de posse, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a diferença do NDB em relação às instituições financeiras internacionais tradicionais, pois o banco não conta com a participação de países desenvolvidos ou do Fundo Monetário Internacional (FMI), o que o torna livre das restrições e condicionamentos impostos por essas instituições às economias emergentes. Lula ressaltou ainda o papel do NDB como um instrumento de combate à desigualdade, afirmando que o banco deve auxiliar os mais afetados por questões climáticas e econômicas, contribuindo para sua recuperação.
Em seu discurso de posse, Dilma Rousseff também enfatizou o caráter social do banco e assumiu o compromisso com a proteção ambiental, infraestrutura social e digital. Ela destacou a importância de apoiar as comunidades mais pobres e garantir moradia e condições dignas para elas, buscando a prosperidade comum a todos os países.
No entanto, os especialistas ouvidos pela Agência Brasil alertam que a nova presidente do Banco dos Brics enfrentará desafios significativos, como impulsionar projetos relacionados ao meio ambiente e lidar com o impacto geopolítico das retaliações ocidentais à Rússia, um dos países fundadores do banco. Desde sua criação em 2014, o NDB tem aprovado cerca de US$ 32 bilhões em projetos, dos quais cerca de US$ 4 bilhões estão destinados ao Brasil, principalmente em projetos de infraestrutura rodoviária e portuária. Para os especialistas, o NDB é uma importante ferramenta de redução das desigualdades e uma oportunidade para ampliar a inserção internacional do Brasil e dos demais países do Brics na instituição.